Departamento Técnico da GIFEL Engenharia de Incêndios
Antes
da introdução de sistemas de supressão de fogo em veículos especiais na
indústria de mineração, que ocorreu no fim da década de
As
estatísticas mostram uma freqüência crescente de incêndios envolvendo veículos
especiais tanto para uso fora de estradas como para uso Quando
o fogo irrompe pode resultar em danos consideráveis decorrentes dos caros
reparos requeridos para a o retorno da máquina à operação ou mesmo na
necessidade de reposição do valioso equipamento, da custosa parada/perda de
operação ou na perda da continuidade do negócio.
Os
proprietários de veículos especiais equipados com um sistema detecção/supressão
de fogo, deram um passo importante ao enfrentar o problema do fogo. Estão
reduzindo dramaticamente sua perda potencial decorrente de danos causados por fogo
e ajudando a incrementar a segurança do seu pessoal. As
áreas típicas de risco de um veículo especial são as seguintes: Neste
artigo iremos tomar como exemplo o sistema sistemas de supressão de fogo tipo
A101 da ANSUL. O sistema A-101 é um sistema modular, pré-projetado e consiste
basicamente de um ou mais reservatórios do agente extintor, cartuchos de gás
propelente, malha de distribuição do agente extintor por meio de mangueiras
especiais e bicos aplicadores distribuídos estrategicamente nos locais onde
pode irromper o incêndio. Trata-se de um sistema do tipo “a pressurizar” – O
reservatório do agente é pressurizado a partir de um cartucho de gás propelente
apenas no momento exato da sua utilização.
O
acionamento do sistema pode ser automático, com a utilização de sistemas
desenvolvidos especificamente para aplicações em ambientes agressivos como o
existente nas minas e áreas de reflorestamento, ou manual. O
sistema desenvolvido pela ANSUL utiliza o pó especial FORAY® (base de fosfato
do mono amônia) que é um agente químico seco para fogos da classe A, B, e C.
Este sistema é aprovado pela Factory Mutual (FM). O
sistema pode ser configurado para atuação automática e/ou atuação manual
remota. Quando dotado de sistema de detecção, o sistema A-101 é atuado
automaticamente a partir da ativação dos detectores, que envia o sinal para o
painel de comando do sistema de supressão e este, por sua vez, aciona o atuador
pneumático. O
atuador pneumático rompe o disco de selo no cartucho gás propelente. Isto, por
sua vez, pressuriza e fluidifica o agente extintor químico seco no tanque,
rompe o disco de ruptura quando a pressão requerida é alcançada, e propele o
produto químico seco através da rede de mangueiras de distribuição. O agente
extintor é, então, descarregado através dos bocais fixos nas áreas protegidas,
suprimindo o fogo.
O
sistema de detecção compreende os dispositivos de detecção, seja por fio
linear, seja por detecção pontual, um painel de controle e alguns elementos
opcionais como sirenes de alta potência sonora, para ambientes com nível de
ruído elevado. Como
proteção adicional, em situações específicas, detectores de chama Triple IR podem ser acrescentados ao circuito de proteção o
que permitem uma resposta mais rápida na detecção de fogo. Para
melhor ilustrar o sistema descrito anteriormente, apresentamos a seguir uma
descrição esquemática da operação do sistema de proteção veicular A101. Inicialmente
na alternativa de operação manual:
No
modo de operação automático, que emprega o sistema de proteção CHECKFIRE, a
proteção é de 24 horas por dia e o esquema de operação é o seguinte:
Existe
um sistema opcional LVS (Twin Agent)
de duplo agente para a proteção de veículos especiais. Juntamente com a
proteção por pó químico seco alguns veículos, dado o seu tamanho, requerem um
sistema de supressão de incêndio adicional. Este tipo de sistema é chamado de
sistema de duplo agente. Um sistema LVS de agente líquido da ANSUL é projetado
descarregar um líquido extintor nas áreas de perigo protegidas após o término
da descarga de pó químico. A adição do líquido extintor produz o efeito de
refrigerar o combustível inflamável bem com as áreas de superfície
circunvizinhas. O líquido extintor pode, ainda, fluir para certos locais de
forma a alcançar áreas para onde os combustíveis possam ter escorrido. Convém
observar que o sistema de supressão de incêndio aqui descrito não é projetado
para, nem se pretende que seja capaz de, extinguir todos os tipos de incêndio,
particularmente quando são presentes quantidades incomuns de materiais
combustíveis e uma fonte ampla do oxigênio. É necessário ter o máximo cuidado
com o equipamento de maneira a impedir o acúmulo de restos, materiais
combustíveis e fluidos que poderiam intensificar um fogo ou alastrá-lo a áreas
onde não havia potencial prévio de risco. É
importante que um equipamento combate a incêndio
alternativo esteja disponível caso que o sistema não extinga totalmente um
determinado fogo. Conclusão: o investimento na proteção de equipamento veicular
pesado, por exemplo, caminhões tipo fora de estrada, se
justifica pelo alto custo do equipamento em si, da segurança operacional
que uma extinção rápida de um sinistro oferece, da minimização das horas de
equipamento parado com a conseqüente redução de perda de produção e
faturamento. Sem esquecer do aumento da segurança oferecida aos operadores e
passageiros. Os equipamentos A101 da ANSUL são “standard” em vários tipos de equipamentos produzidos
por diferentes fabricantes graças a sua confiabilidade e excelentes resultados
operacionais.
Assista vídeo:
"MOBILE EQUIPMENT FIRE SUPPRESSION A-101 & LVS"
sobre este assunto destacando
a aplicação de Sistema de Supressão de
Fogo Veicular tipo A-101 em conjunto com o sistema líquido LVS. Com exemplos de
aplicação, depoimentos, animações mostrando o princípio de operação e detalhes.
Este material, em inglês, foi preparado pela ANSUL e está à disposição no Vimeo,
no endereço:
MOBILE EQUIPMENT FIRE SUPPRESSION A-101 & LVS from Alexander Gromow on Vimeo. |