Este meio extintor é usado há muito tempo em extintores portáteis existindo diferentes
tipos de extintores projetados para aplicações específicas contendo pós químicos
adequados para cada tipo de fogo.
Este artigo irá discorrer sobre a aplicação de meios de extinção com pós químicos
também aplicados em riscos maiores, onde uma quantidade maior de meio extintor é
necessária dada a dimensão do risco a ser atendida.
Entram em ação sistemas montados em skids sejam móveis (sobre veículos ou reboques),
sejam instalações fixas especialmente projetadas para fins específicos.
Inicialmente serão apresentados os tipos usuais de pós químicos empregados hoje em dia,
ajudando a esclarecer o que talvez seja óbvio:
Pós químicos secos - "o que você talvez ainda não saiba":
Pós químicos secos são constituídos por partículas finamente trituradas, tratadas
para resistir à embalagem e à absorção de umidade mantendo boas características
de fluxo.
Há uma série de teorias propostas ao longo dos anos sobre a forma como produtos
químicos secos extinguem o fogo. A teoria aceita atualmente, e que explica a
eficácia do pó químico seco, indica que a interrupção da reação química em
cadeia é o principal método de extinção. Quando um combustível queima (oxida),
componentes essenciais para a reação química contínua (chamados radicais livres)
são liberados. Os radicais livres são atraídos por - e combinam com - finas
partículas de pó-químico. Este processo interrompe a reação química e extingue
o fogo. Quanto menor a partícula de pó químico seco mais eficaz é o agente.
Isto porque a superfície total capaz de reagir com os radicais livres é aumentada.
Adicionalmente, elementos reativos contidos em alguns pós químicos secos também
aumentam a capacidade do agente da varrer os radicais livres (conseqüentemente,
os agentes mais eficazes combinam elementos "reativos" e são moídos do modo mais
fino possível).
Devido às características de "knock down" (literalmente nocautear) as chamas e
conseqüentemente extinguir incêndios dos pós-químicos, eles geralmente são usados
em extintores portáteis que podem ser utilizados de forma rápida e eficaz para
controlar um sinistro.
Propriedades Gerais:
Todos os pós químicos secos compartilham algumas características semelhantes. Todos
os agentes apresentam a capacidade de suprimir um incêndio. Pós químicos secos
regulares podem extinguir incêndios de Classe "B" e "C". Pós químicos secos tipo
Multiuso suprimem incêndios de Classe "A", "B" e "C".
Geralmente, quanto menor a partícula do pó químico seco, mais eficaz é o agente.
No entanto, se todas as partículas do agente são muito pequenas, o alcance da
descarga é diminuído. Portanto, quando o pó químico é fabricado, uma distribuição
granulométrica é mantida para assegurar o máximo alcance e eficácia de extinção.
A embalagem a ser empregada neste material é a normal para qualquer composto que
consiste de uma gama de tamanhos das partículas, incluindo os pós químicos secos.
Alguns agentes se compactam mais densamente do que outros. Todos os pós químicos
secos e todos os extintores são concebidos para fluidificar os materiais compactados
e descarregar um mínimo de 85% do conteúdo do extintor (conforme UL).
Os ingredientes ativos de todos os pós químicos secos são solúveis em água, razão
pela qual a sua exposição à umidade deve ser minimizada. Os fabricantes fazem um
tratamento com agentes repelentes de água para evitar a absorção de umidade nas
manipulações normais, tais como enchimento ou manutenção. A exposição prolongada
da substância química seca à água fará com que o agente empedre. Evidentemente,
pó químico empedrado em um extintor o tornaria um aparelho inutilizável,
bloqueando o fluxo de agente. O ensaio de queda preconizado pela UL pode ser
usado para determinar se o agente ainda é viável. Todos os produtos químicos
encontrados empedrados devem ser devidamente descartados. Os recipientes de
aço devem ser inspecionados à busca de ferrugem. Substitua o pó químico seco
deteriorado por outro em bom estado de uso. O prazo de validade de pós químicos
secos é indeterminado, desde que sejam mantidos secos e armazenados dentro da
gama de temperaturas recomendadas.
Aditivos de fluxo são incluídos na fabricação de pós químicos secos. Eles
permitem aos agentes resistir muito bem à embalagem e tornam o fluxo através
de mangueiras mais fácil.
Alguns fabricantes codificam voluntariamente seus pós químicos por cores para
auxiliar na identificação. No entanto, para maior facilidade, todos os pós
químicos secos multiuso são codificados na cor amarela, independentemente do
fabricante. Nenhum pó químico seco deve ser intercambiado, independentemente
da sua composição química, do seu fabricante, ou de sua cor de codificação.
Os materiais utilizados nos pós químicos secos não são tóxicos, mas estes pós
são considerados como sendo "poeiras incômodas". Eles são rotulados como sendo
"levemente perigosos". Todos os fabricantes fornecem as correspondentes folhas
de características técnicas de seus agentes.
A limpeza de resíduos de pós químicos pode ser feita com uma vassoura e pazinha
ou aspirador. Qualquer resto de agente ainda pode ser removido por lavagem com
água quente e água com sabão, e depois enxaguar com água limpa.
Como
já havia sido explicado os agentes extintores baseados em pós químicos extinguem
o fogo separando as quatro partes do "tetraedro do fogo" (que é a ampliação do
conhecido "triângulo do fogo" agora incluindo a reação química de combustão).
Eles evitam a reação química entre calor, combustível e oxigênio e impedem a
produção de "radicais livres" que mantém a chama, assim extinguindo o fogo.
Fosfato de monoamônio [NH4H2PO4], também
conhecida como pó químico "tri-classe", "polivalente" e "ABC", usado na Classe A,
B e C de incêndios. Ele recebe a sua classificação do agente Classe A da sua
capacidade para derreter e fluir a 177 ° C para abafar o fogo. É mais corrosivo
do que outros pós químicos secos. Sua cor é amarela claro.
Bicarbonato de sódio [NaHCO3], "regular" ou "comum" usado em
incêndios da Classe B e C, foi o primeiro pó químico desenvolvido. Ele interrompe
reação química do fogo, e era muito comum nas cozinhas comerciais antes do
aparecimento dos agentes químicos úmidos, mas é menos eficaz do que Púrpura - K
para incêndios da Classe B, e é ineficaz na Classe A de incêndios. Cor branca.
Bicarbonato de potássio [KHCO3] também conhecido por Púrpura-K,
utilizado em incêndios Classe B e C. Cerca de duas vezes mais eficaz em incêndios
da classe B do que o bicarbonato de sódio é o pó químico seco preferido da
indústria petrolífera e do gás. É o único pó químico seco certificado pela
NFPA para o salvamento e combate ao fogo em aeronaves. Cor violeta.
Bicarbonato de potássio e Complexo de uréia [KC2N2H3O3]
também conhecido por Monnex, utilizado em incêndios Classe B e C. Mais eficaz do que
todos os outros pós devido à sua capacidade de decrepitar (onde o pó quebra em
partículas menores) na zona de chama, criando uma maior superfície de inibição de
radicais livres.
Cloreto de potássio [KCL], ou pó químico seco Super-K, foi desenvolvido em
um esforço para criar um pó químico seco de alta eficiência e compatível com espuma
de proteína. Desenvolvido nos anos 60, antes do Púrpura-K, nunca foi tão popular como
outros agentes uma vez que sendo um sal, era bastante corrosivo. Para incêndios
Classe B e C, cor branca.
Espuma-compatível, que é pó químico que age em conjunto com espumas; pós
químicos secos modernos são considerados compatíveis com as espumas sintéticas,
tais como as do tipo AFFF.
MET-L-KYL é uma variação especial de bicarbonato de sódio para combater
incêndios em líquidos pirofóricos (inflamam em contacto com o ar). Além de bicarbonato
de sódio, ele também contém partículas de sílica gel. O bicarbonato de sódio interrompe
a reação em cadeia do combustível e a sílica absorve qualquer combustível não
queimado, evitando contato com o ar. É eficaz em outros combustíveis classe B
também. Cores azul e vermelho.
Sistemas para o combate ao fogo usando pó químico como meio extintor:
Nem todos os incêndios são iguais, tampouco eles queimam com igual ferocidade. Para a
maioria dos riscos a combater você necessitará de meios extintores aptos a resolverem
aquela situação específica.
Existem sistemas de supressão de fogo com pó químico que são poderosos, cuja
tecnologia é comprovada no combate de incêndios em líquidos inflamáveis e gás
dos mais desafiadores. Eles costumam minimizar os riscos dos usuários através
de suas excelentes características de "knock down" (ação praticamente imediata).
Há duas opções que possibilitam um combate rápido e eficaz especialmente em
áreas de grande risco com a possibilidade de grandes incêndios. Locais onde é
de vital importância suprimir o fogo antes que ele se alastre ou aumente de
proporção.
Sistemas manuais :
São os que usam o pó químico de uma maneira eficaz em condições dificilmente
contornáveis por extintores sejam portáteis sejam sobre rodas (carretas).
Os sistemas manuais devem combinar a flexibilidade de extintores manuais
com a capacidade de apagar grandes incêndios de Classe B (líquidos inflamáveis
e gases) e Classe C (Sistemas energizados). Estes sistemas devem possuir uma
grande capacidade de meio extintor e permitir um longo tempo de descarga;
normalmente é possível usar somente a quantidade de meio extintor necessária
caso a caso. O grande fluxo de pó químico proporciona a necessária segurança
para combater fogos tridimensionais, bem como fogos em gases e líquidos
pressurizados. Resumindo, estes sistemas são especialmente eficazes em áreas
onde extintores portáteis e carretas podem ser insuficientes face ao risco
presente.
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1- Sistema de acionamento manual, pode ser feito remoto ou local abrindo a válvula de Nitrogênio.
2- Tanque de pó-químico, com o tipo de pó adequado ao caso.
3 - Cilindros de nitrogênio - pressurizam o tanque e fluidificam o pó-químico.
4- Mangueira e bocal de aplicação, fornece o agente do tanque e direciona seu fluxo às chamas.
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Conforme o dimensionamento destes sistemas manuais eles podem atender às seguintes situações:
-Grandes incêndios - de Classe B e C que são extremamente perigosos e demandam
capacidade imediata de "knock down"; há condições de equipar sistemas com agentes
químicos especiais para atender incêndios das Classes A e D.
-Necessidade reduzida de operadores - podem ser operados por uma só pessoa.
-Localização remota: unidades auto-contidas proporcionam a capacidade de
combate local, sem a necessidade de bombas ou fonte de energia externa; com a
vantagem adicional de poderem ser recarregadas facilmente no campo.
-Atendimento a riscos múltiplos: um sistema pode ser equipado com válvulas
seletoras de modo a atender várias mangueiras remotas a partir de uma unidade central.
Sistemas fixos:
São instalados com tubulação permanente que são uma solução automática e têm
características de alta tecnologia. Estes sistemas possuem bocais aplicadores
de pó químico fixos e incluem detecção e alarme, atuação elétrica, pneumática
ou manual, e possibilitam o desligamento de equipamentos associados. Há uma
grande flexibilidade propiciada pela possibilidade de escolha dos detectores:
térmicos, fotoelétricos, de gradiente de temperatura, ionização ou chama. Uma
variedade de bicos aplicadores de pó químico complementa a flexibilidade de
definição destes sistemas.
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1- Central de detecção, alarme e comando eletrônica.
2- Central de comando pneumática, possibilita o acionamento pneumático do Nitrogênio.
3- Tanque de pó-químico.
4- Cilindros de Nitrogênio.
5- Tubulação para distribuição do pó químico
6- Bico(s) aplicador(es).
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Exemplos de Aplicação:
Os sistemas de pó químico grandes atendem a uma grande gama de aplicações
industriais, dentre elas:
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